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Postedo por :
Unknown
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Olá. Voltei aqui com uma
história que sempre tive vontade de escrever. Erzsébet Bathory. Muitos já devem
ter escutado a história da condessa Bathory, que adorava se banhar em sangue
das criadas que matava. Mas o que muitos desconhecem é que Erzsébet na verdade
era uma vampira. Viveu muito pouco tempo, isso nenhum vampiro nega, mas deixou
uma lição para todos os outros.
Conto retirado do livro: “Genealogia Vampirica”
Capítulo XXVI - Erzsébet Bathory
Quando a pequena Erzsébet
Bathory nasceu na Hungria, poucos sabiam o destino escuro e pavoroso que esta
mulher levaria. Erzsébet era uma criança incontrolável e possuía um rancor
muito grande em seu coração.
Desde pequena era vaidosa e
bela. Ainda aos onze anos de idade ficou noiva do conde Nádasdy, passando assim
a viver em seu castelo. Nádasdy era militar e frequentemente tinha de deixar
sua casa, foi então que Erzsébet começou a se envolver sexualmente com outros
homens e mulheres.
Era fissurada pela beleza e
juventude de seus amantes. Queria a todo custo manter sua beleza e aparência.
Foi durante essa época que a condessa conheceu Anna Darvulia, uma serva que
havia acabado de ser contratada para trabalhar no castelo.
Anna era uma mulher muito jovem
e sedutora, sempre carregava um semblante de mistério que encantava a condessa.
Erzsébet se sentia muito atraída pela mulher e se aproximava cada vez mais
daquela que a levaria ao seu fim. Logo Erzsébet sabia que Anna era na verdade
uma caçadora da noite. Sem pensar duas vezes, a condessa se ofereceu para a
transformação. Queria ser jovem, queria viver eternamente, assim como Anna. Sem
mais o que fazer, a criada atendeu a condessa.
Pouco tempo depois a notícia da
morte do conde Nádasdy deixou todo o castelo em luto. Com os filhos adultos e
sem mais o marido para lhe prender, Erzsébet deixou o castelo junto com Anna e
foram morar em uma antiga propriedade da família da condessa. Anna a ensinava
como deveria se alimentar de sangue humano para permanecesse jovem para sempre.
Contratavam mulheres para serem
suas servas e elas sempre “fugiam” ou eram encontradas mortas por “acidentes”.
Na verdade, a condessa e Anna matavam-nas e bebiam seu sangue. Matar já não
satisfazia mais a ira de Erzsébet, ela então criou uma poderosa sala de tortura
no solar onde moravam.
Com o tempo se alimentar também
não a satisfazia. Não era apenas a questão de saciar sua fome, queria a pele
mais jovem do que era, queria voltar no tempo. Anna então a ensinou os banhos
de sangue, onde a pele se tornava tão jovem como a de uma adolescente.
Os boatos de que todas as
servas que trabalhavam para a condessa Bathoty morriam começaram a se espalhar
por toda a região. Logo, as mulheres se recusavam a trabalhar no solar dos
Bathory. Anna sugeriu que fossem embora, mas o orgulho de Erzsébet falava mais
alto. Com a falta de servas e querendo manter sua beleza, Erzsébet convidou e
matou uma jovem de estirpe e encobriu seu crime dizendo que havia sido um
suicídio.
Naquele verão, em 1610, as
primeiras investigações contra a condessa surgiram. O interesse nem era saber
se ela havia matado aquelas mulheres realmente. O interesse era apenas
confiscar os seus bens para pagar suas dívidas com o Rei.
Quando o inverno chegou,
Erzsébet estava presa. Uma agenda com o nome de cada vítima foi apresentada,
contendo a própria letra de Erzsébet. Foram 650 vítimas, todas registradas no
caderno. O mais marcante, porém, é que os juízes nunca tiveram provas concretas
das torturas que Erzsébet fazia em seu solar. Foram apresentados apenas o
caderno e relatos de testemunhas em seu julgamento.
Anna foi condenada a morte e
executada na frente de Erzsébet. Já a condessa foi aprisionada em um cômodo sem
janelas ou portas em um castelo antigo. Três anos depois quando notaram a falta
de Erzsébet, entraram no cômodo. Não havia nada além de muitos pratos de comida
intactos e uma pilha de cinzas pelo chão.
Muitos acreditam que a condessa
Bathory, passando por frenesi e com muita fome, acabou tirando a própria vida
dentro de sua prisão. O fato é que quando os vampiros haviam decidido mostrar
sua existência, a história de Erzsébet Bathory os provou que deveriam ficar no
anonimato, onde permanecem até hoje.